segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Coloco tua voz dentro do meu ouvido. E te vivo. Troco meus pés de direção e sigo numa dança sem sentido. Me acanho, traço um plano, tanto tropeço que canso. Peço um tempo. Ouço. Tento. Afago.

Coloco minha voz dentro do teu ouvido. Eu grito. Um giro constante de pés descalços. Mas você não foge. E tento. Nem num falso descaso feito qualquer apelo. Nesse tempo. Resisto.

Provoco em nós, suspiros.

11 comentários:

  1. Que lindo João!!!
    Amei,compacto mas diz tudo.
    Um abraço

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  2. "E te vivo." Sem palavras para tanta beleza. :-)

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  3. Isso tudo mesmo???
    Então a minha poção está correta, nem mais nem menos,o leitor me ajuda compor na medida certa.
    Este poema tem o teu aval,gostei.
    Bjs

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  4. "...Traço um plano...Tropeço...Ouço.Tento. Afago..."
    E segue em frente resistindo... Suspirando!

    Quanta reflexão me traz seus textos...

    Sempre bom voltar aqui.

    Beijos confessos...

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  5. E assim o amor se completa como prenúncio de felicidade. Lindo João! Muito profundo!

    Abraços,

    Furtado.

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  6. A minha voz não consegue alcançar o ouvido do qual quero que ela toque

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  7. Um anseio, que briga contra a incerteza,
    que gera o medo, o arrisco ou não arrisco,
    um engano...
    Um sim e um não se atropelando, combatendo a resistência...

    Reflexivo e profundo nestas palavras soltas, gritantes, desse teu imo...
    Maravilhoso!!

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  8. Boa parte de seus textos possui uma linguagem tensa, eu admiro isso em você,

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  9. os meus suspiros.
    é como vvio, suspirando.
    como vão as coisas joão pé de feijão?

    *.*

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  10. coloco meu olhas em tuas palavras
    vivo
    coloco minhas palavras em teu espaço
    resnasço
    coloco meu viver na ansia
    parto em busca de continuar o caminho.
    Adorei seu espaço...
    beijos
    Wacinom

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  11. Adorei esse poema e essa forma de desfilar o amor frente aos nossos olhos. Belíssimo!

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