sexta-feira, 30 de julho de 2010

Não sou o que faço ser. Nem sei se sou o que finjo. Não insisto em ti porque o que existe aqui não é ser de fato só. E assim em mim não há. Nem lá. Aqui muito menos o ar.

Cá estou, em algum lugar por ai. Sem rir, mostro os dentes. Choro também sem lágrimas. E não dá, de lá, estar aqui.

Por pouco, cheio de curvas. Denso, dentro dessa névoa, toco-me sem me sentir.

Não estou aqui, quando falo de mim. Perco-me a tarde, quando chego assim. Poucas coisas minto, quando digo, porque sou algumas tolas verdades.

4 comentários:

  1. Eis que depois de um longo e tenebroso inverno o bom filho volta ao lar. E volta com um texto bonito e bastante profundo.

    Abraços,

    Furtado.

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  2. Tolas verdades, que não anula o fato de serem verdades.

    Beijo.

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  3. Doce Evan...

    Que saudades sentia de ti...
    As tolas verdades são muito de
    nós, perder-se quase sempre é uma realidade comum...

    Sempre lindo tudo o que escreves...

    Beijos confessos

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