Ah! Fosse não ser possível te pensar

E de noite tropeçar num sonho incompreensível

E se não foste de mim qualquer não

Seria hoje menos do que de fato é.

Sugiro que por fardo não pense

Porque pra mim ficou esta incumbência.

Sou desleixado e chato

Às vezes esqueço o que aceito, são.

Não brinco de mentiras, mas insisto em todas as verdades que não digo.

Às vezes crio essas vozes vazias e tento dizer aquilo que me cala.

Eu ainda não sou, e nem aqui estou.

Mas não me amargo. Este sorriso sincero é aquém do que quer transformar.

Solicito à mim, o que agora sou eu. E creio que de mim, nada me restou.

Lembro-me bem ainda de tudo que se faz.

Adorna a alma, criança

Faz dança enquanto se esquece

Lembrança

Acorda a alma

Com calma, e desce

Se grita logo cai da cama

Que de lama floresce

Aborda a alma

E espalma insana

A manhã que enlanguesce

Canta

E adormece...

Insisto em algo sem sentindo

Indo em outra direção.

Existe um grito insistente

Que se cala

Antes de soltá-lo