quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Encontro alguns olhos tecendo brilhos. Me Insinuo com sorrisos puros. Trilho suas mãos, alcançando a imensidão invisível destes dias esquecidos longe do nosso olhar. Tudo aqui para. Para continuar aqui.

Gargalhadas amassadas com os rostos colados. Arrasta meu coração pra perto dos céus. As nuvens nem tão brancas, coradas de nós. A sós brincamos, desenhando esses dias com as tintas invertidas.

Inventamos outra vida, sem sair daqui.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Meus ouvidos caem. Minha boca cala. Meus dedos me deixam partir. Pelo avesso. Atravesso você sem sombra de mim. Mas não tão alto. Enfim. Meu queixo desce. Moleque que se veste de lama. Meu beijo. A dama. Razão repentina que grita. Distância. Formiga meu pé. E eu. A fé.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Temo tua história confundindo-se com a minha. Escondo-me do teu olhar, envergonho-me quando meu corpo se envaida com suas palavras cruas. Não me tire daqui, não me leve ao teu mundo, não me puna com a absurda idéia de te querer. Só te quero assim, calado. Distante dos meus sonhos não me perco. Acho-te apressado, roendo a vida ao meu redor. Tento... Me perco.

Sou essa confusa profusão de achar que nada acho em você.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Rejeito olhar para cima. Aqui me cisma uma escuridão onde tudo se esconde. Todos. Cutuco o improvável para descobrir aquilo que ainda nem penso. Estou tenso.

Propenso a me acostumar com seu ombro, teu sossego. A deixar correr os dias sem sentido, inverter a luz distante, que dança acostumada ao ritmo.

Não deixar que nada me leve daqui, além dos meus pés.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Procuro-me nestes outros, uns passados presente, de abraços apressados e esquecidos de serem dados. Acostumo-me a procurar um oportuno vão entre tudo o que eu acho certo, acalmando a serene desconfiança perdida diante dos meus olhos.

Não corro nem paro.

Sou salvo por algo dentro de mim, inquieto.